Mel azul: Como é que este raro produto natural se forma e porque é que fascina

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O mel é, na verdade, algo bastante tradicional: dourado, cremoso, doce – um clássico na mesa do pequeno-almoço. Mas, de repente, aparece algo que parece saído diretamente de um filme de fantasia: Mel azul Honig. Não é turquesa, nem amarelo-claro com brilho – é mesmo, mesmo azul.
E qual é a primeira coisa que se pensa? Falsificação. Corante alimentar. Truque publicitário.
Mas não é assim tão simples. O mel azul não é uma brincadeira da secção dos doces, é um produto verdadeiro – e, nos últimos anos, tem dado muito que falar. Desde tendências alimentares, passando por lojas biológicas até vídeos no TikTok: o mel colorido já chegou às nossas cozinhas (e à nossa curiosidade). Por isso, está na altura de olhar com atenção e perceber o que está realmente por trás disto.
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O que é o mel azul – e como é feito?
Antes de mais: as abelhas não produzem mel azul naturalmente. É o ser humano que o faz – mais precisamente: uma alga. Na grande maioria dos casos, o mel azul é feito ao misturar mel normal e de alta qualidade com spirulina azul.
A spirulina é uma microalga considerada um superalimento há vários anos. Contém, entre outros, proteína, vitamina B12, ferro, clorofila e o pigmento ficocianina, responsável pelo tom azul intenso tão característico. Em pó, basta uma pequena quantidade para dar ao mel uma cor marcante – algures entre o Caribe e um sonho de unicórnio.
A combinação da doçura do mel com o ligeiro travo das algas resulta num sabor surpreendentemente equilibrado – ligeiramente exótico, mas nada exagerado.
E sim, o mel mantém-se cru, ou seja, não é aquecido – assim preservam-se tanto as enzimas do mel como os compostos ativos da spirulina. Se for bem feito.
Mel azul de França: acaso ou genialidade?
Nem sempre, porém, é a spirulina a responsável. Uma das histórias mais insólitas sobre mel colorido aconteceu em 2012 – mais precisamente, numa pequena aldeia na região francesa da Alsácia. Ali, apicultores fizeram uma descoberta surpreendente: as suas abelhas começaram a produzir mel azul, verde e até violeta.
O que aconteceu? Ao que parece, as abelhas encontraram resíduos de uma fábrica de rebuçados nas proximidades – ali eram armazenados restos de M&M's, que depois eram processados numa central de biogás. As abelhas recolhiam o xarope de açúcar diretamente das partículas coloridas das drageias de chocolate – e assim coloriram o seu mel.
Uma experiência involuntária que gerou muito destaque nos media, mas infelizmente também prejuízo económico: o mel deixou de ser comercializável. As cores eram comestíveis, mas do ponto de vista legal alimentar, não estavam autorizadas.
Este episódio mostra, de forma insólita, como o ecossistema das abelhas é sensível ao ambiente – e que resultados coloridos nem sempre são desejados.

Mel azul e Spirulina: Superalimento ou só espetáculo?
A grande questão em tudo o que se chama “superalimento” é: será só bonito de ver – ou também faz bem ao corpo? No caso da Spirulina, a resposta é: um pouco dos dois.
A microalga é estudada há décadas. Contém:
- cerca de 60% de proteína vegetal
- muito ferro e vitaminas do complexo B
- o antioxidante ficocianina
- e ainda clorofila, que ajuda o corpo na desintoxicação
Em combinação com o mel, que já é reconhecido como um produto natural com propriedades antibacterianas, resulta numa mistura bastante potente. A questão é: quanto disso chega realmente ao organismo?
O facto é: a concentração no mel azul final é relativamente moderada – afinal, não se quer só cor, mas também sabor. Quem procura um verdadeiro boost de saúde, normalmente consome Spirulina pura ou adiciona-a a smoothies.
Mas como snack doce com benefícios? O mel azul não fica nada atrás. Principalmente se não tiver aditivos artificiais.
Comprar mel azul: Onde encontrar?
O mel azul não é um produto de massas, mas já se encontra facilmente – sobretudo online. Plataformas como a Amazon, pequenas lojas online de produtos naturais ou start-ups especializadas oferecem-no em várias versões. Também aparece cada vez mais em mercados gourmet.
Ao comprar, vale a pena olhar para os ingredientes:
- Base de mel: De preferência mel regional ou biológico
- Cor azul: Apenas Spirulina azul – sem corantes artificiais
- Ingredientes extra: Opcionalmente baunilha, limão ou gengibre para mais aroma
O preço costuma ser um pouco mais elevado do que o do mel normal – faz sentido, já que a Spirulina não é um ingrediente qualquer. Quem gosta de experimentar pode também fazer mel azul em casa: basta misturar uma pitada de spirulina em pó (cerca de 0,5–1 g) em 250 g de mel. O resultado chama mesmo a atenção – serve melhor num frasco transparente.
Mel azul ou verde – o que significam estas cores?
O mel azul não está sozinho neste arco-íris: também o mel verde aparece cada vez mais. A paleta de cores vai desde um suave tom menta até um verde intenso – depende sempre da mistura. Em vez da spirulina azul, recorre-se normalmente a clorofila, matcha ou variantes verdes de algas.
Importante: as cores podem enganar. Nem todo o mel colorido é automaticamente de qualidade ou natural. Alguns produtos contêm corantes alimentares, aromas ou até adoçantes artificiais.
Reconheces qualidade verdadeira quando:
- a cor não parece artificialmente intensa
- o sabor não é artificialmente doce
- os produtores são transparentes quanto aos ingredientes
Se gostas de experimentar cores, convém também prestar atenção aos detalhes.
Conclusão: Mel azul – mais do que um toque de cor?
O mel azul é mais do que uma tendência gastronómica. Representa uma nova forma de saborear: criativa, ousada, um pouco irreverente – e com um toque de bem-estar no frasco. Naturalmente, não substitui uma consulta médica, uma alimentação equilibrada ou o tradicional mel de abelha.
Mas traz novidade à cozinha. Seja como presente, para iniciar uma conversa ou simplesmente porque apetece: o mel azul é uma afirmação. E sejamos sinceros – se uma colher de mel nos devolve um pouco da capacidade de nos surpreendermos, isso já vale bastante.
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