Cannabis medicinal: efeito, utilização e situação legal

Cannabis Medicinal

Niklas Bergmann, M.A.

biochemist and scientific author

Inhaltsverzeichnis: Cannabis medicinal: efeito, utilização e situação legal

A Cannabis medicinal já não é um fenómeno marginal – cada vez mais pacientes recorrem a ela quando os medicamentos convencionais não são suficientes. No entanto, o caminho até à receita é muitas vezes mais difícil do que se pensa, os custos são elevados e, ao conduzir, existem armadilhas legais.

Como se consegue uma receita? Que variedades existem e como atuam? O seguro de saúde cobre ou ficas com os custos? Aqui tens respostas claras – sem linguagem técnica, direto, compreensível e objetivo.

O que é a Cannabis medicinal? 🌿💊

Imagina que lidas há anos com dores crónicas. Os comprimidos já pouco ajudam ou causam-te problemas de estômago. O teu médico não sabe o que fazer e tu perguntas-te: Tenho mesmo de aguentar isto? Depois ouves falar da Cannabis medicinal – uma planta usada há séculos como remédio, mas que continua a dividir opiniões. Será mesmo uma alternativa ou só uma moda?

Nem toda a Cannabis é igual

Muita gente pensa em Cannabis e imagina alguém a fumar um charro no sofá. Mas isso é uma visão bastante limitada. A Cannabis medicinal tem tanto a ver com o consumo recreativo como o vinho tinto com xarope para a tosse – ambos vêm da mesma substância base, mas um é rigorosamente controlado e o outro serve para o efeito recreativo.

Quem recebe Cannabis na farmácia tem acesso a um produto rigorosamente testado, com teor fixo de THC e CBD. Sem adulterantes, sem substâncias desconhecidas, sem surpresas. Isto é fundamental, porque ao tratar uma doença precisas de confiança – não do risco de um lote ter um efeito diferente do anterior.

THC vs. CBD – os dois protagonistas

A Cannabis contém mais de 100 substâncias ativas, mas há dois protagonistas claros:

  • THC (Tetrahidrocanabinol) – a substância que provoca o “high”. Na medicina, o objetivo não é o efeito recreativo, mas sim aliviar dores, reduzir espasmos ou estimular o apetite (o que, por exemplo, é muito útil para doentes oncológicos).
  • CBD (Canabidiol) – o contraponto mais calmo. Não provoca “high”, mas tem efeitos anti-inflamatórios, ansiolíticos e relaxantes musculares. Muitos pacientes com epilepsia, ansiedade ou inflamações crónicas confiam nele.

Dependendo dos sintomas a tratar, usam-se misturas diferentes. Teor elevado de THC? Ideal para dores intensas. Mais CBD? Melhor para inflamações e nervosismo.

Quão legal é a Cannabis medicinal na Alemanha? 🚦

Desde 2017, a Cannabis medicinal é permitida em determinadas condições. Parece ótimo, certo? Pois, na prática, a situação é um pouco mais complicada.

Recebes uma receita só se o médico conseguir provar que outros medicamentos não foram suficientemente eficazes. E mesmo assim, muitas vezes a aprovação da seguradora de saúde é necessária – o que, na prática, significa: semanas ou meses de burocracia. Muitos pacientes contam que têm de preencher inúmeros formulários, apresentar recursos e discutir com a seguradora antes de finalmente terem a autorização nas mãos.

E mesmo quando a receita chega? Aí começa o próximo stress. Falta de stock, farmácias sobrecarregadas, preços elevados. Quem recebe Cannabis medicinal tem de ter paciência – e muitas vezes pagar do próprio bolso, se a seguradora não comparticipar.

Mas ainda assim: A procura está a aumentar. Cada vez mais médicos reconhecem que a Cannabis pode ser uma verdadeira alternativa. Cada vez mais pacientes conseguem finalmente acesso a um tratamento que realmente os ajuda. E mesmo que o caminho ainda seja difícil – as coisas estão a mudar.

Receita & Compra: Como se consegue Cannabis medicinal? 🏥📄

Então, ouviste dizer que a Cannabis pode ajudar – talvez para dores crónicas, talvez para outra doença que já te incomoda há demasiado tempo. Os medicamentos habituais? Ou não resultaram, ou deixaram-te com efeitos secundários desagradáveis. Agora perguntas-te: Como é que consigo uma receita? E porque é que toda a gente age como se fosse a fórmula secreta da Coca-Cola?

Bem-vindo à realidade do sistema de saúde alemão. A Cannabis está aprovada como medicamento desde 2017, mas isso não significa que a consigas facilmente.

Que médico me pode prescrever Cannabis?

Em teoria, qualquer médico com consultório próprio (exceto dentistas e veterinários – se o teu cão tiver dores nas costas, infelizmente não vai ajudar). Na prática, a história é outra.

Muitos médicos simplesmente não têm experiência com Cannabis ou são céticos em relação ao tema. Alguns têm receio de discussões com a seguradora, outros ainda acham que Cannabis é só para quem quer ficar pedrado. Há até médicos que admitem: «Eu até te prescrevia, mas não percebo nada disso.» Fantástico, não é?

A boa notícia: existem médicos especializados nesta área. Às vezes encontras por recomendação, outras vezes através de plataformas dedicadas a pacientes de Cannabis. Quem está realmente convencido não deve desistir ao primeiro “não”.

Que requisitos tenho de cumprir?

Não consegues Cannabis só porque queres dormir melhor ou estar mais relaxado. É prescrita sobretudo se tiveres uma doença grave e outros medicamentos não tiverem resultado.

  • Já experimentaste imensos analgésicos que ou não fizeram efeito ou deixaram-te completamente KO.
  • As tuas queixas são crónicas – ou seja, acompanham-te há muito tempo e não desaparecem facilmente.
  • O teu médico consegue comprovar que o Cannabis é uma terapia adequada para ti.

Bem vistas (ou seja, pela seguradora de saúde, não por ti) são, por exemplo:

  • Dores crónicas (costas, nervos, enxaquecas – tudo o que incomoda de forma persistente)
  • Esclerose múltipla (espasticidade, cãibras – o Cannabis pode ajudar a relaxar os músculos)
  • Epilepsia (o CBD pode reduzir as crises)
  • Cancro (náuseas, falta de apetite devido à quimioterapia)

O que muitos não sabem: Também doenças psicológicas como PTSD ou depressão podem ser motivo. Oficialmente ainda não é muito comum, mas há casos em que os médicos prescrevem Cannabis para isso.

Onde posso obter Cannabis medicinal? 🌿🏪

Agora é que fica interessante: já tens a receita – e agora? Infelizmente, isso não significa que possas simplesmente ir à farmácia buscar o teu Cannabis.

A realidade é mais assim:

  • “Não temos em stock. Talvez para a semana.” (Bem-vindo à vida de um paciente de Cannabis.)
  • “Esta variedade não está disponível de momento.” (Isto pode demorar meses.)
  • “Vamos encomendar, mas pode demorar.”

Muitas farmácias nem sequer têm Cannabis porque todo o processo burocrático é demasiado trabalhoso. A melhor estratégia? Ligar antes, perguntar que variedades têm disponíveis e, se necessário, passar por várias farmácias.

E online? Sim, há farmácias que enviam Cannabis. Mas só com receita! Quem tenta comprar “Cannabis medicinal sem receita” na internet não só está numa zona legal cinzenta, como também arrisca receber produto de má qualidade.

Quanto custa? E o seguro de saúde paga? 💰

Aqui vem o verdadeiro choque: O Cannabis medicinal é caro.

  • Um grama custa na farmácia entre 10 e 25 euros.
  • Muitos pacientes precisam de 5 a 30 gramas por mês.
  • Isto rapidamente chega a 300 a 600 euros – ou mais.

O seguro de saúde cobre? Pois… se lhe apetecer. Em teoria, as seguradoras têm de pagar se o teu médico provar que outros medicamentos não funcionam. Na prática, muitos pedidos são recusados – sem mais. Depois é: apresentar reclamação, pedir relatórios médicos, tratar de uma montanha de papelada.

E é exatamente aí que muitos desistem. Não porque não tenham direito a Cannabis, mas simplesmente porque não têm energia para discutir com a seguradora de saúde. Quem se mete nisso precisa de paciência — e nervos de aço.

Conclusão: Vale a pena todo este esforço?

Sim — mas só se estiveres mesmo convencido. Se a Cannabis for para ti uma forma de melhorares a tua qualidade de vida, então vale a pena insistir. Pode demorar, pode ser frustrante, mas muitos pacientes dizem no fim: “Valeu a pena.”

Mas quem achava que era tão simples como conseguir uma receita de ibuprofeno — bem-vindo ao sistema de saúde alemão.

Flores de Cannabis medicinal: Que opções existem? 🌿🔍

Pronto, tens a receita na mão e vais à farmácia. Mas em vez de te passarem simplesmente um frasco com conteúdo verde por cima do balcão, o farmacêutico pergunta de repente: “Que variedade prefere?”

Ah... pois. Boa pergunta.

Muitos pensam que Cannabis é tudo igual — mas na verdade existem dezenas de variedades diferentes, que se distinguem no efeito, sabor e composição. A escolha errada pode significar que ficas demasiado cansado para aguentar o dia ou tão desperto que às três da manhã começas a renovar a casa.

Para que isso não te aconteça, aqui vai um pequeno guia sobre as Flores de Cannabis.

Indica, Sativa ou Híbrida — o que significa?

A Cannabis divide-se, de forma geral, em três categorias:

  • Indica 🌙 — Esta é a variedade que te relaxa. Perfeita para o final do dia ou quando tens dores e só queres descontrair. As variedades Indica costumam ser bastante sedativas, por isso são usadas frequentemente em casos de insónias.
  • Sativa ☀️ — O oposto da Indica: a Sativa desperta, aumenta o foco e pode melhorar o humor. Ideal para o dia, se queres ser produtivo ou usas Cannabis para combater depressão ou fadiga crónica.
  • Híbrida 🔄 — A mistura dos dois mundos. Algumas híbridas são mais “dominantes Indica” (mais relaxamento), outras “dominantes Sativa” (mais energia).

Mas atenção: Nem toda Indica dá sono, nem toda Sativa te põe elétrico. O efeito exato depende da variedade — e de como o teu corpo reage.

Que variedades existem em Portugal? 🇩🇪

Em Portugal, já existem algumas Flores de Cannabis medicinal autorizadas. Aqui ficam algumas das mais conhecidas:

  • Bedrocan 🌿 (Sativa, alto teor de THC) – É frequentemente utilizada para dores crónicas e TDAH.
  • Bedica 🌿 (Indica, alto teor de THC) – Ideal para a noite, quando precisas de dormir ou relaxar.
  • Bediol 🌿 (Híbrida, muito CBD, pouco THC) – Boa para inflamações e dores leves, não provoca efeito psicoativo.
  • Tilray THC 25 🌿 (Híbrida, 25% THC) – Uma das variedades mais potentes disponíveis por receita, usada para dores intensas e náuseas.
  • Pedanios 22/1 🌿 (Híbrida de predominância Indica, muito THC, pouco CBD) – Popular para dores, mas pode causar sonolência.

Estes são apenas alguns exemplos – já existem mais de 50 variedades diferentes disponíveis por receita. A escolha certa para ti depende da tua condição e da tua tolerância individual.

Como encontro a variedade certa para mim?

Sobretudo no início, pode demorar até encontrares a variedade perfeita. O melhor é seguires estes passos:

  1. Fala com o teu médico ou farmacêutico 🏥 – Eles podem recomendar-te a variedade mais adequada ao teu diagnóstico.
  2. Começa com uma variedade suave 🌱 – Especialmente se nunca usaste Cannabis, é melhor começares com uma variedade que não seja demasiado forte.
  3. Presta atenção à dosagem ⚖️ – Começa com pequenas quantidades e aumenta gradualmente até encontrares o efeito ideal para ti.
  4. Mantém um diário de Cannabis 📖 – Pode parecer estranho, mas ajuda imenso. Regista que variedade usaste, como te sentiste e se tiveste efeitos secundários. Assim, vais descobrir mais depressa o que funciona para ti.
  5. Sê paciente ⏳ – Cada corpo reage de forma diferente. Alguns pacientes precisam de algumas semanas até encontrarem a variedade certa.

Cannabis não é tudo igual

A variedade certa pode fazer toda a diferença entre passares o dia sem dores e relaxado – ou sentires-te como se tivesses bebido três cafés a mais. Por isso, vale a pena explorar as diferentes variedades e perceber qual funciona melhor para ti.

No fim de contas, Cannabis não é um milagre – mas, quando usada corretamente, pode chegar muito perto disso.

medizinisches cannabis-sorten wirkung

Efeitos: Como é que a Cannabis afeta o corpo? 🧠🌿

Ok, já tens a tua receita, escolheste a Strain certa e talvez estejas prestes a experimentar o teu primeiro Cannabis medicinal. Mas o que acontece realmente no teu corpo? Como é que isto funciona – e porque é que algumas pessoas juram pelos efeitos, enquanto outras dizem que só as deixa cansadas ou confusas?

A resposta: Depende.

Cannabis não é como um comprimido de aspirina, que tem sempre o mesmo efeito. Os efeitos dependem de muitos fatores: da Strain, da dosagem, da tua reação individual e até do teu estado no próprio dia.

THC vs. CBD – Quem faz o quê?

Os dois principais compostos ativos do Cannabis, THC e CBD, têm efeitos muito diferentes no corpo. Para não te perderes, aqui fica um pequeno resumo:

Composto ativo O que faz? Para que serve? Efeitos secundários típicos
THC (Tetra-hidrocanabinol) 🌿 Psi-coativo, atua no sistema nervoso central. Relaxa os músculos, alivia dores, aumenta o apetite. Dor crónica, esclerose múltipla, náuseas da quimioterapia, falta de apetite Tonturas, cansaço, boca seca, sensação de “High”
CBD (Canabidiol) 🌱 Não provoca euforia, tem efeito mais calmante e anti-inflamatório. Pode até bloquear parcialmente o efeito do THC. Ansiedade, epilepsia, inflamações, problemas de sono Em doses elevadas pode ser sedativo, por vezes causa ligeiros problemas de estômago

A mistura certa é que conta: Alguns pacientes precisam mais de THC, outros de CBD – e muitos beneficiam da combinação dos dois.

Quão rápido e durante quanto tempo atua o Cannabis?

Isso depende muito de como o consomes.

Forma de consumo Início do efeito Duração do efeito Particularidades
Inalação (Vaporizador/Vape) 💨 5-15 minutos 2-4 horas Efeito mais rápido, mas não dura tanto tempo. Ideal para dores agudas.
Óleos/Gotas (sublingual, debaixo da língua) 💧 15-45 minutos 4-6 horas Permite controlar bem a dose, efeito mais lento do que na inalação.
Cápsulas/Edibles 🍪 30-90 minutos 6-12 horas Efeito mais prolongado, mas mais difícil de dosear. Atenção: começa devagar!

Muitos pacientes começam com um Vaporizador, porque conseguem controlar melhor a dosagem. Com Edibles ou gotas, pode acontecer que tomes demais, porque o efeito só aparece mais tarde.

Porque é que o Cannabis tem efeitos diferentes em cada pessoa?

Já te aconteceu veres duas pessoas consumirem exatamente a mesma quantidade de Cannabis – mas reagirem de forma completamente diferente? Isso deve-se ao sistema endocanabinoide.

Sim, o nosso corpo tem um sistema próprio para o Cannabis! É aí que o THC e o CBD se ligam a recetores responsáveis, entre outras coisas, pela sensação de dor, humor, sono e sistema imunitário. E isso varia de pessoa para pessoa. Por isso, a mesma Strain pode ser ótima para aliviar as tuas dores – enquanto ao teu amigo só lhe dá sono.

É preciso alguma paciência

O Cannabis não é um comprimido para a dor que tomas e faz efeito logo a seguir. Demora algum tempo até descobrires qual a Strain, dosagem e forma de consumo que funciona melhor para ti. Mas quando encontras o equilíbrio certo, pode ser uma verdadeira alternativa aos medicamentos tradicionais – sem todos aqueles efeitos secundários desagradáveis de muitos analgésicos.

E sejamos sinceros: se o teu corpo tem um sistema próprio feito para o Cannabis – não seria quase falta de educação não o usares? 😉

Custos & Reembolso pela seguradora 💰📑

Agora vem a parte chata – porque, por muito eficaz que o Cannabis seja como medicamento, no fim fica sempre a grande questão: Quem paga isto tudo? E a resposta é mais complicada do que devia ser.

Quem já levantou uma receita de Cannabis medicinal conhece o choque: o farmacêutico diz o preço e por um momento pensas se não pediste sem querer trufas ou uma garrafa de vinho vintage. O Cannabis como medicamento é caro – mesmo muito caro.

Quanto custa o Cannabis medicinal?

Os preços não são fixos, mas variam entre 10 e 25 euros por grama. Parece aceitável – até perceberes que muitos pacientes precisam de 10 a 30 gramas por mês. De repente, tens uma fatura de 300 a mais de 700 euros por mês.

Para quem depende deste medicamento, isto é um verdadeiro problema. Afinal, quem é que tem um ordenado extra só para pagar a medicação?

A seguradora paga – ou deixa-te pendurado?

Em princípio, as seguradoras podem reembolsar os custos do Cannabis medicinal – mas isso não quer dizer que o façam.

Antes de uma seguradora aprovar o pedido, os pacientes têm de ultrapassar uma série de obstáculos. Isto significa:

  • Um médico tem de confirmar que outros tratamentos não resultaram.
  • Tem de ser comprovado que o Cannabis é uma alternativa válida.
  • O pedido de comparticipação tem de ser oficialmente aprovado.

E é aqui que começa a frustração: Muitos pedidos são recusados. Muitas vezes com justificações padrão como “Faltam provas científicas suficientes” ou “Existem outros medicamentos prioritários”. Na prática, isto significa para muitos pacientes: ou apresentam recurso, ou pagam do próprio bolso.

Se a seguradora disser que não – e agora?

Uma recusa não é o fim do processo. Muitos pacientes só conseguem a comparticipação após várias tentativas. O que pode ajudar?

  1. Não desistir. Apresentar recurso, entregar novos relatórios médicos, insistir.
  2. Encontrar um médico especializado. Alguns médicos têm experiência em terapias com Cannabis e sabem como formular corretamente o pedido.
  3. Se necessário, recorrer a um advogado. Existem escritórios de advogados especializados nestes casos que podem ajudar quando a seguradora se mostra inflexível.

Porque é que o Cannabis é tão caro – e isso vai mudar?

Uma das principais razões para os preços elevados: Quase tudo é importado. Muito vem do Canadá ou dos Países Baixos e, devido à burocracia, impostos e margens das farmácias, o produto chega às prateleiras a preços exorbitantes.

A esperança está na produção nacional. Já existem algumas instalações de produção em Portugal e, com alguma sorte, os preços poderão baixar no futuro. Mas quando é que isso vai acontecer? Incerto.

Quem persiste, tem uma hipótese

Para muitos pacientes, a comparticipação é o maior obstáculo. Quem enfrenta a burocracia, preenche pedidos e, se necessário, apresenta recurso, pode conseguir o apoio. Mas o caminho é difícil – e enquanto a política não perceber que os doentes não deviam ter de lutar pela sua medicação, pouco vai mudar.

Experiências com Cannabis medicinal 🌿🗣️

Alguns não passam sem ela, outros quase não sentem efeito – as experiências com Cannabis medicinal são tão variadas quanto as próprias pessoas. Para alguns pacientes, começa finalmente uma nova qualidade de vida; para outros, a desilusão mantém-se. Mas o que dizem realmente aqueles que a utilizam?

Aqui fica uma visão geral das experiências e desafios mais comuns:

Como os pacientes vivem o Cannabis medicinal:

“Finalmente menos dores!”
As dores crónicas são, para muitas pessoas, o motivo principal para considerarem o Cannabis como medicamento. Seja artrose, enxaqueca ou lesões nervosas – muitos relatam que, pela primeira vez em anos, se sentem minimamente normais. Especialmente as variedades com alto teor de THC são frequentemente descritas como eficazes no alívio da dor.

“Consigo voltar a dormir – e dormir mesmo bem!”
Horas acordado, a rebolar na cama, todas as noites uma luta – para quem sofre de problemas crónicos, a falta de sono faz parte do dia a dia. O Cannabis, sobretudo variedades dominadas por Indica, fez uma grande diferença para alguns pacientes: adormecem mais depressa, não acordam constantemente e sentem-se menos cansados de manhã.

“O meu corpo já não está tão tenso.”
Pessoas com doenças como esclerose múltipla ou espasmos musculares crónicos relatam frequentemente que o Cannabis alivia significativamente os sintomas. Em vez de se sentirem rígidos e limitados, experimentam uma sensação de relaxamento suave – como se o corpo finalmente conseguisse relaxar.

“Tomo menos outros medicamentos.”
Muitas pessoas que tomaram durante anos analgésicos fortes ou calmantes percebem que, com o Cannabis, conseguem reduzir a dose ou até deixar de tomar alguns medicamentos. Isto significa menos efeitos secundários – e a sensação de não estar a sobrecarregar o corpo com químicos.

“Mal notei diferença.”
O Cannabis não tem o mesmo efeito em toda a gente. Alguns pacientes dizem que, mesmo tomando regularmente, sentem pouca ou nenhuma melhoria. Pode ser da variedade errada, da dose insuficiente – ou simplesmente porque o Cannabis não é o medicamento certo para essa pessoa.

“Só fiquei cansado com isso.”
Uma crítica comum: o efeito é demasiado forte. Especialmente quando se começa com uma dose alta ou uma variedade muito rica em THC, o efeito pode ser mais incapacitante do que libertador. Alguns sentem-se não só mais relaxados, mas completamente travados – o que pode ser muito inconveniente durante o dia.

“A luta burocrática foi um inferno.”
A maior dificuldade para muitos pacientes nem é o Cannabis em si, mas sim a papelada envolvida. Inúmeros formulários, relatórios médicos, recusas, recursos – e mesmo assim não há garantia de que a seguradora cubra os custos. Muitos acabam por pagar do próprio bolso porque já não têm energia para continuar a lutar.

Cannabis é uma bênção para muitos – mas não para todos

Para alguns pacientes, o Cannabis medicinal muda a vida: menos dores, melhor sono, um pouco de normalidade de volta. Mas não é um milagre. Pode demorar até encontrares a Strain certa – e mesmo assim não há garantias de que vai ajudar perfeitamente.

A planta tem um grande potencial – mas o sistema à volta muitas vezes complica desnecessariamente a vida dos pacientes. Quem quer usar Cannabis como medicamento precisa não só de receita, mas também de paciência. 🚦

Conduzir com receita de Cannabis: É possível? 🚗💨

Tens uma receita para Cannabis medicinal – mas o que isso significa realmente para a condução? Podes conduzir com uma terapia de Cannabis legalmente prescrita? Ou arriscas multas e perda da carta de condução?

A resposta não é assim tão simples. Mesmo que obtenhas o teu Cannabis legalmente na farmácia, aplicam-se regras mais rigorosas do que para quem bebe um copo de vinho ao jantar.

Cannabis & condução – o que é permitido e o que não é?

Pergunta Resposta Detalhes
Posso conduzir com receita de Cannabis? Sim, mas só sob certas condições. Deves estar apto a conduzir – ou seja, sem sintomas, sem sensação de “High”.
Existe um limite fixo de THC como no álcool? Sim, mas é complicado. O limite é de 1,0 ng/ml de THC no soro sanguíneo – MAS: No caso do Cannabis medicinal, a decisão é individual.
Tenho de mostrar a receita à polícia se for controlado? Sim, pode ajudar. Se tiveres uma receita atual, mostra que usas Cannabis por motivos médicos.
Posso ter problemas na mesma? Infelizmente, sim. Mesmo com receita, a autoridade de cartas pode exigir um exame médico-psicológico (MPU).
O que acontece se eu me envolver num acidente? Pode ser complicado. Mesmo que estivesses apto a conduzir, a tua seguradora pode investigar mais a fundo.

O que deves mesmo ter em atenção

  • Testa a tua própria reação! Cada corpo processa o THC de forma diferente. Só porque te sentes "normal", não significa que a tua capacidade de reação não esteja afetada.
  • Pede ao teu médico uma declaração. Alguns pacientes, além da receita, pedem uma confirmação de que estão aptos a conduzir enquanto tomam Cannabis.
  • Atenção a novas variedades ou doses mais altas! Se alterares a tua medicação, deves primeiro testar como reages – e, de preferência, evitar conduzir durante alguns dias.
  • As fiscalizações policiais podem ser desagradáveis. Mesmo que uses Cannabis legalmente, podes ter de explicar muita coisa. Mantém a calma, mostra a tua receita e informa que estás sob supervisão médica.

Podes conduzir com Cannabis prescrita – mas há riscos

Em teoria, é permitido conduzir com Cannabis medicinal. Na prática, ainda podem surgir problemas, especialmente se fores sujeito a uma fiscalização ou te envolveres num acidente.

Se quiseres jogar pelo seguro, segue a regra de ouro: Em caso de dúvida, deixa o carro em casa. 🚗


Niklas Bergmann, Fachautor

Freut euch auf die Insights von unserem Biochemiker Niklas Bergmann! Mit seinem tiefen Verständnis für alles, was mit Hanf zu tun hat, liefert er euch die neuesten und coolsten Infos direkt in euer Feed. Schnörkellos und klar verpackt er das komplexe Thema Cannabinoide und macht es für euch easy zugänglich. Mit Niklas an der Spitze unseres Wissens-Teams seid ihr immer top informiert.

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